sábado, 17 de março de 2012

Ops, cadê?

E como gosto muito de cuspir pra cima e ver cair na minha cara, lá vai.
Eu, que prometi que não ia usar este blog pra falar sobre a gravidez, vai a rapidinha:


Você tem certeza que dignidade é algo bem distante da sua realidade quando se obriga a comprar um espelhinho de mão pra poder depilar (e bem meia-boca, diga-se de passagem) a, ahmmmm..... virilha.

Foram bons esses 28 anos, amiga. Te vejo daqui alguns meses.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Por aqueles olhos *


“Quando tu olhares nos olhos de outra pessoa e vir tua própria alma refletida neles, então tu vais me dar razão”, foi o que dissera sua amiga quando ele debochara da sua nova paixão. Aí ele relembrou, pela milésima vez naquele dia, dos olhos dela. Olhos inquietos, incertos. Olhos verdes. Da mesma cor dos olhos dele. No momento que ele os viu, naquele segundo irreal ele soube, por uma dessas estranhas sensações tão difíceis de explicar, que ali estavam os olhos que fariam parte dele de forma intensa e decisiva.

Eles já se conheciam há algum tempo. Se conheceram em uma festa, trocaram telefones. Não era namoro, não era caso, nada. Nenhum dos dois queria um relacionamento sério: chegaram à conclusão que eram amantes. Ela disse que sempre gostara daquela expressão: amante. “Namoro é compromisso demais, já imagino jantando em casa, papai e mamãe do lado.... amante é melhor, não acha?” Ele achou.

Tudo ia muito bem, tudo ia muito bom. Ela era uma garota legal, como tantas outras. Bonitinha, como tantas outras. Inteligente como poucas. Sensual como poucas. E arredia como só ela. Se ele ligava muito, ela sumia por dois, três dias. Não atendia o telefone, não dava qualquer sinal de vida. Quando reaparecia e ele perguntava o que ela andara fazendo, ela apenas dizia que ele não gostaria de saber. E apesar da curiosidade, bem no fundo, ele sabia que realmente preferia não saber.

Então o relacionamento deles era isso: não eram namorados, tampouco amigos. Ele pensava nela quando passava por uma livraria e lembrava que ela adorava ler. Ela lembrava dele quando passava por um cinema e lembrava que ele gostava de filmes alternativos.

E em um dia desses de lembranças, num fim de tarde clássico de outono, com o sol se pondo, ele resolveu caminhar pelo parque. Passara o dia todo pensando nela, um pouco mais que o normal. Talvez fossem os muitos livros que precisava ler para as aulas que reavivaram a lembrança dela: “se ela me visse reclamando de ter que ler tudo isso, iria ler e me contar depois”. E enquanto via pequenos pássaros bebendo água nas poças formadas pela chuva, refletia sobre ela. Pensava sobre ele. Juntava os dois e imaginava como seria o ‘nós’. E fantasiava que não somente os amores concretizados, mas também os amores platônicos, aqueles jamais consumados, as amizades não tão sinceras... todos modificaram a existência dele, com todos aqueles ardentes sentimentos que teimavam em se mostrar a todo instante.

E ele se deu conta que em todas essas vezes ele passara a construir e a viver ingênuas fantasias, ilusões sobre o mundo e os relacionamentos, que o faziam tão pateticamente feliz! E se deu conta que vivia tudo novamente. Mas daí pensava porquê não vivê-las. E se respondia que possivelmente o risco oferecido não compensasse a mágoa que aconteceria.

E entre uma árvore e outra do parque ele tomou a decisão: falar com ela. Ia decidir que diabos de caminho esse relacionamento tomaria. Dessa vez ele seria ‘homem de verdade’ e iria tomar satisfações com ela. Ah, se ia!

E ele foi. Foi atrás dela, decidido a dizer tudo que há tanto tempo estava trancado dentro do peito.

A noite estava chegando, e ele sabia exatamente onde ela estaria: sentada na mesa mais ao fundo do bar, lendo. Foi até lá, tremendo. Poucos metros antes do tal bar já tinha a completa certeza que tinha enlouquecido, e perdia totalmente a coragem.

Pensava isso, mas inconscientemente ainda caminhava para dentro do bar, os pés o levavam ao encontro dela. A cena seguinte foi ela erguendo os olhos por cima dos óculos, deixando o livro de lado e olhando para ele, com a expressão mais tola de toda sua vida.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Porque é sempre bom ver como éramos...

E então encontrei um CD com documentos e fotos antigas.
E como o blog anda criando mofo e eu sou preguiç... ops, saudosista, resolvi fazer uma sessão "revival" e vou publicar escritos antigos.

Depois vocês me dizem se escrevo melhor ou pior que quando era uma pirralha, hein?
Lá vai um de dezembro de 2003 - e façam favor de relevar a verborragia duma menina de 19 anos.

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Relacionamentos são, por natureza, complicados. E necessários. Mas relacionamentos amorosos podem ser infinitamente mais complexos e imprescindíveis. É difícil iniciá-los, e tarefa digna de heróis mitológicos mantê-los. Mas quais seriam os requisitos que movem a nós, pequenos e imperfeitos mortais, a continuar desejando-os ardentemente? Porque relacionamentos podem, sem maiores explicações, fracassar. E aí sofremos. E outras vezes, contrariando todas as perspectivas, têm êxito. E então, ardemos em alegria. Roleta-russa. Mas antes que dêem certo (ou não), é preciso “escolher a vítima”. Porque é aí que tudo começa...

Beleza física, afinidade sexual, segurança emocional e inteligência. Esses são as condições indicadas por 10 entre 10 pessoas, independente de cor, credo, preferência sexual - ou qualquer outro critério que o IBGE ou outro instituto de pesquisas use como base. Porque é da natureza humana almejar o perfeito sem olhar a si.

Vamos falar francamente: quem já não se deixou levar por belos olhos verdes, ou um sorriso encantador, ou ainda um belos par de pernas – para não usar outros “pares” igualmente interessantes do corpo humano – e pensou: “é, essa pessoa deve ser interessante”. É inegável, a beleza física é o primeiro “item” observado por alguém em busca de sua cara-metade. Infelizmente – ou felizmente – relacionamentos baseados exclusivamente na (boa) aparência de uma (ou ambas) as partes não duram muito. Até porque se torna impossível conviver com alguém com o qual não temos nenhuma afinidade intelectual, sexual ou qualquer outro “al” imprescindíveis para o sucesso de uma relação. Relacionamentos baseados exclusiva ou essencialmente nesse critério são comuns entre jovens, já que estes estão mais propensos a acreditar (por pressão da mídia, amigos e outros) que um rostinho bonito é o bastante.

Sexo. Certamente é um requisito assaz importante em uma relação. Mas também pode ser um critério tão banal quanto a beleza física. Relacionamentos baseados na afinidade sexual entre os envolvidos podem vir a durar mais que aqueles fundamentados na classificação anteriormente analisada. É também o que tem maiores chances de sofrer “recaídas” ao seu término, já que não são poucos os que tendem a usar o sexo como “bengala” para diversos âmbitos de suas vidas. Normalmente é vivido por pessoas que buscam a dita felicidade instantânea, sob a falsa alegação romântica de um relacionamento sério.

Segurança emocional. É aquele relacionamento onde uma das partes é extremamente passível de mudanças de atitude (leia-se desaparecimentos prolongados, variações de humor constantes, infidelidade e tantas outras atitudes irritantes), e a outra parte é extremamente tolerante a elas. Vivido por cafajestes em geral (não somente do sexo masculino) e seus eternos apaixonados. Normalmente dura anos, até que a parte volúvel encontre outro porto seguro, ou o outro se canse de tantas idas-e-vindas.

Intelecto altamente desenvolvido. Ou para aqueles de menor capacidade de raciocínio, a tão vangloriada inteligência. Essa talvez seja a desculpa mais nobre para iniciar e manter um relacionamento, já que é sempre muito bom estar ao lado de alguém com o qual é possível conversar, trocar idéias e discutir outros assuntos além da própria relação. Filósofos, sociólogos, enfim, pessoas dedicadas ao desenvolvimento intelectual têm tendência a viver relações como estas.

Os requisitos para um relacionamento nem sempre são dignos ou nobres. Dependem dos interesses e prioridades de cada um; da cultura, modo de pensar e vivência de ambas as partes. Mas não importa se baseados no amor, compreensão, sexo, “cabeça”, caráter... relacionamentos serão sempre complexos, sempre ambíguos, sempre desejados. Como foi no tempo de nossos trisavôs, como o será quando já estivermos reduzidos a partículas invisíveis de pó. Porque mais forte e antiga que a busca pela perfeição é a busca pelo amor da nossa vida. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Rá. Tô viva.

Vocês já estavam pensando que isso aqui era blog póstumo, admitam. Afinal, a pessoa escreve um post sobre depressão e some por mais de um mês. Não se sintam mórbidos, eu também desconfiaria, acreditem.

Aí que o motivo do sumiço é absolutamente o contrário. No exato dia seguinte  ao último post, tive a notícia que esperava a mais de um ano: é, vem pimpolho por ae. Tô calorenta, tô mau humorada, tô grávida. Sim, são todos sinônimos.

Depois de um início super atribulado, acho que a vida tá voltando aos pouquinhos ao normal. Ao menos consigo ficar na frente do pc e escrever por mais de 15 minutos seguidos sem vomitar (olha quanta delicadeza).

Não se preocupem. Esse aqui continuará sendo o mesmo blog de sempre, com os mesmos assuntos aleatórios de sempre.
Baby assuntos estarão aqui: Diário de um Gergelim , sendo o primeiro post com oferecimento do pai babão.

Já já retornamos com nossa programação normal!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Só não solta da minha mão

Um dia, um médico muito querido sentenciou a frase: "se você não fosse tão inteligente, não seria depressiva".

Eu tinha 20 anos e havia passado os últimos 3 dias sem tomar banho, sem comer, levantar da cama ou falar com alguém.
Ironia ouvir isso, não? Meu cabelo mal se movia de tanta oleosidade, pesava 45kg (cerca de 30kg a menos de hoje), e já havia parado de menstruar pelo peso baixo. Alguém "tão inteligente" deveria saber que é preciso se alimentar direito, tomar banho, vestir uma roupa bonita e encontrar os amigos para deixar a tristeza de lado.
Só que nada é tão fácil assim.
Tudo começa aos poucos.

Um dia, você se sente um pouco triste. A vida parece parada, você sente vontade de chorar e as conversas com amigos, que eram tão animadas, não te interessam mais.
Então você vai pra casa, se enfia embaixo do chuveiro e chora, chora, chora... aproveita que o barulho da água caindo abafa o som e ninguém sabe o que acontece.
Em um outro dia, você acorda e lembra que precisa ir pra faculdade. Mas aquela aula que antes era tão interessante, perde a graça. Então você decide que é melhor ficar em casa dessa vez, e não precisar encontrar amigos que te convidam pra ir pro bar.
Na semana seguinte, alguém te pergunta porque você anda faltando tanto, se sabe qual é o conteúdo da prova daquele dia, e porque a sua blusa parece um pijama.
Mais alguns dias e você decide que chega!, é hora de tentar voltar pra vida normal. Então finalmente aceita o convite de uma amiga, toma banho, se veste, e até passa um batom. Mas precisa descer do ônibus para sentar no meio fio e chorar porque não lembra qual é o caminho para a casa dela.
Então você desiste.

Volta pra casa, põe o pijama que usou pra ir pra faculdade, deita na cama e tenta chorar. Só que não sai. Não sai mais nada. Você não chora mais, não se desespera, não acha que sua vida é uma droga. Você simplesmente deita e espera. Espera que a vida passe e deixe de doer.

E então, depois daqueles três dias, alguém invade seu quarto e te arrasta para o médico.
Ele olha pra você, te examina, faz perguntas doloridas...e já sabe.
Sim, você é depressiva. Não, você não está com depressão.

A diferença entre o ser e o estar é a grande incógnita para resto do mundo.
Porque é o maior dos clichês, mas só quem já passou por isso sabe como é. Sabe como a vida é mais difícil para quem tem depressão. Sabe como, para nós, a vida dói mais.

Quem tem depressão analisa todos os aspectos. Vira, revira, pensa e repensa. Deixa de lado, diz que não vai mais pensar... e cinco minutos está lá, remoendo mais uma vez.
Quem tem depressão sabe que os momentos ruins passam e um dia o sol aparece. Mas o depressivo se agarra na certeza que um dia o sol vai desaparecer, e aquela dor vai voltar.

Minha família sabe que eu tenho depressão.
Minha mãe e meu noivo entendem. Ela, porque também sofre desse mal. Ele, porque é nada menos que uma alma iluminada e consegue ver dentro de mim.
Meu pai e minha irmã ignoram. Ele, porque apesar de me amar, simplesmente ignora qualquer situação mais grave que aconteça. Ela, porque simplesmente acredita que seja teatro, tentativa de chamar a atenção, fraqueza.

Muito já me revoltei, briguei, sofri e chorei por aqueles que não crêem. Quando essas pessoas estão no círculo que deveria te apoiar, dói mais. Tentei conversar, explicar, mostrei laudos médicos, imprimi estudos clínicos, dei as bulas dos remédios para ler. Quando alguém decide que é melhor não entender o outro, aprendi que é menos doloroso e frustrante deixá-los na ignorância. Um dia, quem sabe, a vida trate de fazê-los entender.

Hoje, se passaram sete anos da descoberta da depressão.
Tive muitos outros episódios nesse tempo. Alguns fortes e destruidores, outros mais discretos.
Eu vivo na certeza que um dia as nuvens vão voltar. A cada dia que acordo e não sinto vontade de levantar, fico analisando se é apenas preguiça matinal ou ela me rondando outra vez.
A cada vez que vejo um animal abandonado e sinto vontade de chorar, mais uma vez páro e penso se é a depressão, ou apenas esse meu coração mole demais.

Viver com depressão é estar alerta que ela pode atacar a qualquer momento.
Viver com depressão é ter a consciência que tudo dói.
Que a vida dói.

Mas enquanto houver a possibilidade de um outro dia de sol... eu vou continuar.
Enquanto houver alguém ao meu lado que eu possa pedir pra não soltar da minha mão.


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Das escolhas erradas e caminhos certos

A vida é complicada e a gente sabe tão bem.

Que às vezes cansa.
às vezes dá voltas, voltas e mais voltas... sem sair do lugar.
às vezes pára, e é difícil acreditar que um dia vai sair disso.

Mas aí, num dia de céu azul e sem nuvens qualquer... aparece uma luzinha bem, bem pequena, apagada e quase imperceptível lá no fim do túnel.
E as coisas começam a andar... lentamente.

As reticências vão ficando pra trás, as vírgulas também, e até os parênteses resolvem sair do caminho.

É, um dia as coisas andam.
Devagar.
Mas andam.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Porque dá pra amar sem dizer

Quando o tempo na ampulheta acaba, sempre restam alguns grãos de areia na parte superior. É como se um restinho de tempo não quisesse correr. Claro que isso é apenas reflexo de alguma relação de estática e movimento no vidro.
Mas como meu ofício é escrever, e não entender leis de física, minha mente gira e voa pensando nos pequenos grãos agarrados ao vidro.


Nos meus poucos anos de vida, o tempo sempre foi bem generoso. Mas assim como a todos, a mim também pareceu que os momentos bons corriam como areia fina entre meus dedos, enquanto que as horas ruins me faziam crer que todos os relógios do mundo haviam quebrado.

Agora, sozinha nessa cama tão fria, os ponteiros e areias congelaram.
Mais tarde, quando minha pele encontrar os lábios dele nesses mesmos lençóis tão acolhedores, as horas vão voar…

domingo, 23 de outubro de 2011

Mudar não dói. Crescer, sim.

Ah, eu sou uma apaixonada.
Daquelas bem bobas, daquelas bem bestas.
Que ouve 20 vezes seguidas a mesmíssima música, só porque lhe lembra a pessoa amada.
Que deixa bilhetinhos amorosos escondidos dentro da carteira só pra que ele sorria durante o dia, quando encontrá-los.
Daquelas que acha que um amor é pra vida toda.

E aí eu me apaixonei. E obviamente achei que era pra vida toda, e larguei tudo. Sim, eu também sou dessas que entrega " o coração nas mãos do outro e dizer: toma, faz o que quiser".
E foi lindo, e difícílimo, e perfeito por alguns anos. Até que a nuvem foi saindo da frente dos olhos.

E um dia me dei conta que cresci, amadureci e mudei.
E que aquele relacionamento não tinha futuro, pra mim, pros meus planos.
Me vi renegando coisas que acreditei que não queria... e fingindo aceitar outras que me incomodavam.

Mas continuava apaixonada. Aos olhos de nossos amigos, éramos o par perfeito.
Poucos meses antes do rompimento, lembro de estarmos num boteco e alguém comentar "vocês vão ser pra sempre". E eu sorri, mas fiquei calada o resto da noite.
Aquela frase doeu, tocou no fundo.
Porque eu não acreditava mais no "pra sempre".

E posso dizer que foi uma das decisões mais doloridas e fáceis da minha vida.
Entender que acabou.
Que não era o que eu queria.
Que não foi erro de ninguém, mas às vezes a vida muda e os objetivos caminham em direções opostas.
(É claro que o rompimento não foi tão fácil assim... bem pelo contrário, eu diria. Mas isso é pra outro post.)

Quase 4 anos passados, vejo como foi importante esse momento.
Saber o que queria, e ser capaz de filtrar.
Encontrar alguém que entende minhas indecisões, mas me deixa livre para descobrir sozinha.
Que tem os mesmos desejos pro futuro.
E que também é outro bobo apaixonado... que sabe que pode até não ser pra sempre, mas que certamente vai ser delicioso enquanto durar.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sem fôlego

Porque as imagens em nossas mentes são apenas correlações sobre tudo que vivemos e desejamos e almejamos e lutamos e pensamos e que essas imagens nada mais são senão livres associações para todos os dias para que não sejam apenas dias normais para que fujam de todo lugar-comum e voem até o incomum estranho e assim as vidas seguem nessas imagens loucas que jamais saem da mente e nos vigiam e coordenam a seguir vidas sempre de formas comuns mas que também nos obrigam a seguir a vida de formas mais loucas e mais interessantes para que cada dia não seja igual a todos os outros e para que um desses loucos dias possam encontrar ou aquela pessoa quase do seu lado e que pode e vai modificar intensamente tua existência por um simples e aparentemente inútil detalhe e esse alguém estava ali perto no exato momento que tu estavas inteiramente disposto a mudar toda tua vida por um sorriso e naquele momento que deixas na mão do destino e apostas "se olhar pra mim e sorrir, eu posso" e acontece e tua vida muda e tudo muda e tudo agora parece rápido demais sem pausa sem vírgulas sem respirar sem nada e parece que até o fôlego vai embora e tudo escurece e tudo desaparece aos poucos cada vez mais escuro e escuro demais e estranho e solitário e quente ao mesmo tempo mas com certeza frio e inóspito e tudo tudo tudo mais vai embora e começa e acaba e é tão confuso que nada se entende até que...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Você sabe que o relacionamento chegou num ponto irreparável quando você cria a Dança do Polvo Saltitante, que consiste em remexer a bunda o bumbum vestindo uma calcinha de motivos... ãhm... náuticos.

E ele ri e pede Bis.