quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Mi hijita"

Eu sou a filhinha do papai.
A caçula, a apegada, a cópia feminina dele.

Por mil motivos pouco nobres e desinteressantes, nós nos afastamos. Emocional e, depois, fisicamente.
Doeu, mas me afastei de todas as expectativas românticas e infundadas que todas as meninas têm sobre seu pai, seu primeiro amor.
E é estranho admitir como, com o passar do tempo, com o passar dos anos, comecei não a compreendê-lo... mas aceitá-lo.

Aceitei que certas atitudes nunca mudam.
Aceitei que, não importa o quanto nós desejemos mudar alguém... isso não depende de nós.
Isso não diminuiu meu amor por ele. Mas com certeza o modificou.
Amadurecimento, alguns diriam.

"Pfffe", digo eu. Ao menos em alguns momentos contos de fadas podiam ser reais.

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