domingo, 23 de outubro de 2011

Mudar não dói. Crescer, sim.

Ah, eu sou uma apaixonada.
Daquelas bem bobas, daquelas bem bestas.
Que ouve 20 vezes seguidas a mesmíssima música, só porque lhe lembra a pessoa amada.
Que deixa bilhetinhos amorosos escondidos dentro da carteira só pra que ele sorria durante o dia, quando encontrá-los.
Daquelas que acha que um amor é pra vida toda.

E aí eu me apaixonei. E obviamente achei que era pra vida toda, e larguei tudo. Sim, eu também sou dessas que entrega " o coração nas mãos do outro e dizer: toma, faz o que quiser".
E foi lindo, e difícílimo, e perfeito por alguns anos. Até que a nuvem foi saindo da frente dos olhos.

E um dia me dei conta que cresci, amadureci e mudei.
E que aquele relacionamento não tinha futuro, pra mim, pros meus planos.
Me vi renegando coisas que acreditei que não queria... e fingindo aceitar outras que me incomodavam.

Mas continuava apaixonada. Aos olhos de nossos amigos, éramos o par perfeito.
Poucos meses antes do rompimento, lembro de estarmos num boteco e alguém comentar "vocês vão ser pra sempre". E eu sorri, mas fiquei calada o resto da noite.
Aquela frase doeu, tocou no fundo.
Porque eu não acreditava mais no "pra sempre".

E posso dizer que foi uma das decisões mais doloridas e fáceis da minha vida.
Entender que acabou.
Que não era o que eu queria.
Que não foi erro de ninguém, mas às vezes a vida muda e os objetivos caminham em direções opostas.
(É claro que o rompimento não foi tão fácil assim... bem pelo contrário, eu diria. Mas isso é pra outro post.)

Quase 4 anos passados, vejo como foi importante esse momento.
Saber o que queria, e ser capaz de filtrar.
Encontrar alguém que entende minhas indecisões, mas me deixa livre para descobrir sozinha.
Que tem os mesmos desejos pro futuro.
E que também é outro bobo apaixonado... que sabe que pode até não ser pra sempre, mas que certamente vai ser delicioso enquanto durar.

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