quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Felicidade homeopática

Felicidade boa é em pequenas doses. Aquelas homeopáticas, sabe? Meio naquele estilo "amar é..." das figurinhas infantis. Felicidade também é... pequenas coisas.

Cantar uma música boba com bons amigos. Canções que só fazem sentido naquele insensato grupo. 
Abraço apertado que quase sufoca naquela amiga querida que não vê há séculos.. ou há um dia. 


Uma mensagem bobinha... daquela pessoa especial que lembrou de você.  


Sentir o cheiro da terra. Sem monóxido de carbono, sem perfumes franceses. Só o cheiro natural da vida.


Telefonema no meio da madrugada dos seus amigos bêbados, te convidando para mais um copo. E não interessa se você está de pijama e são cinco e meia da manhã. Eles só lembraram de ti. 


Um "eu te amo". E sequer é do homem da sua vida, e sim do amigo do fundo do coração, que implica com você a todo instante, e num segundo de descaso deixou escapar todo o carinho que sente. 


Um beijo estalado na bochecha. Aquela música que você adora e toca no rádio naquele exato perfeito momento. Ficar à toa com amigos, no solzinho de primavera. E pode ser sim, aquelas besteirinhas auto-ajuda de comercial: aproveitar cada momento. 

Porque ninguém te disse que felicidade é eterna. Ou que a vida seria um mar de rosas. E tudo porque lentes cor-de-rosa machucam os olhos. E para ver o lado bom, algumas vezes é preciso passar pelo ruim, e pelo péssimo, pelo horrível e pelo assombroso. E descobrir que no fundo do poço sempre há alguma luz.

Aos poucos é tão melhor... é-se feliz sem sequer notar. E aí um dia se acorda, e se pensa na vida atual. E é do jeito que deveria ser. E então é bom. É como só podia ser.

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